Olá! Pretendia escrever sobre "Tropa de Elite", mas foi impossível! Apesar de ter visto a cópia pirata **vergonha**, pretendo ir ao cinema em breve. Então, o post fica para outra ocasião.
Um assunto hoje me pegou de surpresa, e é dele que vou falar. Um dos meus tios, que tem mais de 70 anos, hoje reuniu parte da familia em sua casa, para comemorar mais um aniversário. Até aí, nada demais, já que celebrar o aniversário é uma maneira sempre boa de reunir a familia, em especial a minha, que se ve mais em velórios e hospitais que em festas e casamentos.
O que me deixou triste neste dia foi ver o estado de saúde em que ele está: com os pulmões consumidos por um enfisema gerado por anos de cigarros consumidos, ele está permanentemente ligado a tambores de oxigênio por mangueiras que atravessam a casa. Debilitado, ele passa todo o dia sentado, ajudado pela minha tia e por uma enfermeira, e uma coisa prosaica como ir ao banheiro ou apagar uma vela no bolo de aniversário é uma tarefa árdua e que demanda um esforço descomunal. Mesmo assim, ele fez questão de comemorar mais um ano de vida.
Vendo-o ali, ao lado de outros parentes com outras limitações causadas por doenças, me peguei pensando em todas as coisas sem importância que nos acontecem TODOS OS DIAS, e para as quais damos todo um viés dramático que não condiz com a situação. E em tantas coisas que deixamos passar, mas que são as mais importantes na vida, coisas tão pequenas que vamos passando por cima delas sem notar.
Quanto da nossa vida nós passamos nos envenenando com cigarro, bebida, poluição, estresse, más companhias, um trabalho enfadonho, um casamento fracassado, sonhos adiados, presos numa situação, num lugar, a uma pessoa? No fim das contas, vai valer a pena ter ficado anos num emprego por medo de ousar fazer algo diferente? Ter ficado com alguém pelo medo puro e simples de estar sozinho? Ter ficado numa casa ou numa cidade para não perder amigos ou o conforto de estar sempre num lugar conhecido? Isso são tentativas de mostrar a nós mesmos que nossa vida está estabilizada...mas, como disse um dia uma amiga, quem disse que a vida é estável?
Talvez seja pretensão minha, mas queria que vocês refletissem sobre suas escolhas, seu momento e se perguntassem se realmente estão felizes. E se não estiverem, o que os faria felizes...e como podem alcançar esta felicidade. Ousar, mudar, nem sempre significa perder. E se o que estiver na próxima esquina do seu caminho for melhor para você, e você nunca chegar a essa esquina, por medo de dar mais um passo?
O tom da coluna hoje foi meio estranho né? Mas é uma coisa que venho sentindo há algum tempo, o medo de me acomodar numa situação está me consumindo já faz meses. Hoje tive mais que certeza de que a situação já está no limite. Ou talvez seja a proximidade do meu aniversário, ficar mais velha traz esse clima de renovação e urgência, coisas de escorpiano.
Beijos a todos e até semana que vem!
domingo, 4 de novembro de 2007
Notícias do Front *3
Postado por Fabi Lameirinha às 11:25 PM
Marcadores: Notícias do Front
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2 comentários:
Adorei sua coluna, Fabi!
Gosto destas perguntas que parecem um tanto absurdas, mas que exigem muita reflexão sobre nossa existência, sobre a vida em si. Admiro pessoas como você que enxergam a vida muito além da redoma que nos cerca.
Kisses E Happy Birthday! ;)
ILY!
É... É SEMPRE BOM NOS FAZERMOS ESSAS PERGUNTAS, EXIGEM TEMPO E BOM SENSO... MAS NO FIM, NOS DIZ MUITA COISA.
MINHA IRMÃ PASSOU POR UMA DESSAS PERGUNTAS Q VC CITOU: "No fim das contas, vai valer a pena ter ficado anos num emprego por medo de ousar fazer algo diferente?"
17 ANOS NUM TRABALHO Q SÓ LHE ESTRESSOU E LHE CANSOU... E AÍ VEIO A PERGUNTA E LOGO APÓS O DESAFIO EM MUDAR!
E UM ANO DEPOIS... NÃO POSSO DIZER Q ELA TEM O EMPREGO DE SEUS SONHOS, MAS SE SENTE MUITO MELHOR!!!
É ISSO AÍ, É PRECISO CORAGEM PRA MUDAR, PARA FAZER COISAS DIFERENTES... AS POSSIBILIDADES SÃO ILIMITADAS!
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