domingo, 11 de maio de 2008

Go! Speed Racer Go!

Nossa, quanto tempo eu não dou as caras por aqui hein? Os domingos (e todos os outros dias da semana) andam corridos, e há tanto que eu queria comentar: Tropa de Elite, MELHOR FILME NO FESTIVAL DE BERLIM, a invasão das reitorias das universidades Brasil afora, este horrendo circo que virou o assassinato de Isabella Nardoni, todo o palanque armado para um terceiro mandato do Lula *bate na madeira*, os livros que li, os filmes que vi, os episódios de Lost que se vão...enfim. Tudo isto são águas passadas, o que me motiva a retomar a coluna hoje é o filme Speed Racer, que assisti ontem (10/05), com a Ju e a Ale.

Vou começar confessando uma coisa: não sei bulhufas sobre o desenho. Nunca assisti UM ÚNICO EPISÓDIO. Sou uma "não-iniciada", o que me fez ver o filme com outros olhos, não os do apaixonado e fã xiita, que muitas vezes não te deixa curtir o filme porque você se prende a infímos detalhes que não comprometem o resultado final mas soam como heresia para os puristas.

Mas fui fazer uma pequena busca na net (abençoada seja) e descobri o seguinte: Speed Racer nasceu no Japão, pelas mãos de Tatsuo Yoshida. Inicialmente um mangá (revista em quadrinhos japonesa), que se chamava "Mach Go Go Go", passou a anime em meados dos anos 60, depois de fazer enorme sucesso como revista. Em 67 o estúdio americano Trans-Lux comprou os direitos do anime, fazendo adaptações ao público norte-americano: o foco passou do carro, o Mach Go (que virou Mach 5 no anime americano), ao piloto, Speed Racer. Os diálogos, no entanto, foram traduzidos do original e as músicas não sofreram alterações.

Mas por que Speed Racer tornou-se um ícone? Ele traz histórias que misturam uma familia amorosa composta por Pops, o patriarca e criador de carros de corrida, a Mãe (que nunca revelou seu primeiro nome!) sempre apoiando Speed, o irmão mais novo louco por balas Gorducho e seu macaco de estimação, Zequinha, o mecânico e agregado da família Sparky, e a namorada e piloto de helicóptero Trixie, vilões em carros de corrida velozes, o misterioso Corredor X, um visual colorido e histórias consistentes. Talvez tudo isso explique o verdadeiro culto que cerca Speed Racer, um piloto jovem, inteligente e arrojado que pretende ser o melhor do mundo.


Vocês me perguntam agora o que raios eu fui fazer no cinema, se eu não sou fã do anime e nada sei sobre ele, e eu respondo: MATTHEW FOX! Interpretando o Corredor X, foi ele a razão para que três mulheres fossem assistir a uma sessão infestada de tiozinhos, adolescentes e namoradas arrastadas de cara amarrada.

Vamos ao filme, produzido por Joel Silver e dirigido pelos irmãos Wachowski, os mesmos responsáveis pela Trilogia Matrix, começando pelos cenários, todos criados por computação gráfica, com cores vibrantes e todo o clima de anime. As casas, a cidade futurista, os locais das corridas, tudo enche os olhos, não chegando a cansar. O visual lembra um vídeo game, numa adaptação aos fãs modernos do anime, sem perder o jeitão de animação antiga.

Outro ponto a destacar é a caracterização dos personagens, principalmente Christina Ricci, que faz Trixie, a namorada de Speed. Todos os outros não deixam a desejar, mas Trixie ficou com "cara" de desenho. John Goodman (Pops) e Susan Sarandon (Mãe) tem atuações seguras, Emile Hirsch (Speed) tem carisma, mas quem rouba a cena muitas vezes são Zequinha e Gorducho. Os coadjuvantes dão aquele apoio...e o vilão é do tipo "adoramos odiar".
Alerta de Spoiler (não leia se quiser saber um dos segredos do filme):

E aí chegou a hora de falar do Corredor X: ele surge no mundo das corridas na mesma época que Rex Racer, o irmão mais velho de Speed, morre num acidente, sendo um agente da polícia que ajuda a combater os vilões. Rex tinha saído de casa há algum tempo, tornando-se um pária do mundo das corridas ao provocar diversos acidentes, e destruindo sua reputação de ótimo piloto. Speed cresce competindo com a sombra do irmão, e quando o Corredor X pede sua ajuda para desmascarar uma quadrilha que manipula os resultados das corridas, ele se pergunta se o Corredor X na verdade não é Rex. O Corredor X nega, mas ao final nós descobrimos que X e Rex são realmente a mesma pessoa.

E aí chegou a hora de falar do Matthew Fox: primeiro, a forma física invejável! Para caber no uniforme de couro do Corredor X, tem que malhar e Fox fez a lição de casa, só vendo para acreditar! E quando ele troca o macacão por um terno alinhadissimo, não há coração feminino que resista. E quando ele tira a máscara, revelando um cabelo todo bagunçado, um suspiro enche a sala de cinema (são as namoradas arrastadas aproveitando alguma coisa). Foxy parece a vontade no papel, mostra que pode fazer bons trabalhos e está mais gostoso que nunca. Porque o perigo de assistir filmes só por causa de um ator é grande (vide Ponto de Vista, que é uma bomba e mesmo assim eu vi duas vezes), mas no caso de Speed Racer, o risco compensou. Recomendo tranquilamente a fãs do anime, a fãs do Jack, e aos não fãs também.
Terminando, o nome do Corredor X deviar mudar para Corredor seXy...depois de ver o filme, vocês vão concordar comigo.

Será que semana que vem tem mais? Aguarde e confie!


Um comentário:

*Sa* disse...

Fabi... quer cena mais suspirante para nós loucas por Matthew fox q a luta dele e o ninja... nusssssssssssssssssssssssssssaaaaaa

Pára... q homem!