Falando de Des-amor!

Ontem fiz algo que a muito não faço. Parei em frente à tv para ver o jornal nacional. Fiquei espantada com o caso da Domestica agredida por cinco jovens de classe média no Rio de Janeiro.

Todos os dias vemos relatos de violência absurda, coisas que de tão massificadas, acabam por não nos chocar mais. Violência justificada pela exclusão social.

Esse caso nos coloca frente a frente com outra realidade. A realidade do “desamor”. De falta de respeito. Esses rapazes, estudantes de universidades, com famílias estruturadas, dispondo de facilidades e benefícios que o dinheiro pode oferecer que podem até mesmo fazer parte da nossa “realidade” virtual, se colocaram numa posição de juiz e agrediram covardemente uma mulher com a justificativa de que ela seria uma prostituta.

Obvio que sabemos que isso é uma desculpa para tentar atrair simpatizantes (será que isso é possível?) e justificar o injustificável. São pessoas que confiantes na impunidade proporcionada pelo dinheiro do “papai”, agem inconsequentemente, se acham melhores que todo mundo. Não tenho pena dos pais, por que muito provavelmente faltou amor onde sobrou dinheiro.

Numa situação dessas, como seria bom se a realidade pudesse ter um pouco da ficção, com um Dexter cruzando o caminho dessas pessoas. Cruel? Talvez!

Por que falar disso? Sei lá! Fiquei tão chocada que quis dividir o que penso com vocês e talvez abrir espaço no nosso mundo, muitas vezes taxado de alienado, para a realidade. Somos jovens, é esse o país que está ai para nós. Cedo ou tarde nos depararemos com situações semelhantes. Temos que falar sobre isso. Lembrar disso. Para que daqui a 10 anos, esses jovens, assim como os que assassinaram um calouro de medicina na USP, não permaneçam impunes.

E seguindo a sugestão do nosso querido anônimo! Semana que vem falaremos de amor em Prison Break.

Beijinhos e Bom fim de Semana.