sexta-feira, 6 de julho de 2007

Falando de amor em Heroes

Só sendo lesada para entender que uma apaixonada por Lost como eu inicie sua colaboração no site falando de outra série. Sim, por que apesar do me nome estar aqui desde o inicio, só agora eu faço meu primeiro post. Só uma lesada para participar de um blog que conta novidades sobre Lost, depois de jurar que não leria mais spoilers.

Desabafo a parte, vim aqui para falar do amor numa série que me pegou num intervalo de Lost e que disputou minha atenção palmo a palmo: Heroes. Considerada o “novo Lost”, esta série sobre pessoas comuns, que descobrem não serem tão comuns assim, teve uma primeira temporada bastante regular, com alguns episódios particularmente arrasadores e inscreveu uma de suas frases no panteão hype das citações pop: “Save the cheerleader, save the world (salve a líder de torcida, salve o mundo).”

Apesar de ser uma série sobre pessoas, o romance ocupou poucos momentos nos episódios e na trama em geral, pelo menos até agora. Azar dos shipers, loucos por uma emoção mais forte. Entretanto, Heroes nos mostra um tipo de amor que é universal e muito particular ao mesmo tempo: o amor entre pais e filhos, no caso o amor que une Claire e seu pai, Mr. Bennet (não revelarei aqui o nome dele, para não estragar a surpresa de quem ainda não chegou a season finale). Falemos então destes dois, e de alguns casais que a série ensaiou mostrar e que foram prematuramente encerrados ou pouco mostrados.

Claire e Mr. Bennet: os filhos adotivos são definidos pelos pais como “filhos do coração”. Não tem a mesma herança genética, mas foram escolhidos pelo amor para completarem famílias. Entregue a ele ainda bebê, Claire e o pai desenvolvem uma intensa ligação que é comovente em suas várias manifestações, como quando Claire escolhe junto com ele armações de óculos e ele delicadamente conta que ela é adotada, o apelido carinhoso (Claire bear) que Mr. Bennet usa com ela, quando ele diz que independente da idade que ela tenha ainda será sua filha e que se preocupa com ela. O amor do pai o leva inclusive a simular sua própria morte para protegê-la da famigerada organização sem siglas da qual ele faz parte (numa cena emocionante, sem nenhum traço de afetação, que levou os espectadores as lágrimas). Claire tem no pai o ídolo, o homem em quem confiar, e mesmo que eles se enfrentem o amor ainda está lá, forte e sem limites. Quando se vê sozinha, é nele que Claire pensa e no final é a ele que ela se volta em busca de uma direção a seguir. Poucas vezes se viu na ficção uma relação entre pai e filha como a de Mr. Bennet e Claire, e isso é muito bem vindo, já que vivemos uma época tão destituída de valores morais e familiares.

Matt e Janice: apesar de Matt ser um dos personagens menos “cool” do seriado, ele é um apaixonado pela esposa, que perdoa a traição que leu em sua mente. E não foi a um cara qualquer que Janice se entregou, foi ao melhor amigo de Matt! Mas Matt quer antes de tudo salvar seu casamento, o que o leva ao perdão, e logo depois eles recebem uma ótima noticia: Janice está grávida (apesar de Matt não questionar se o filho é realmente seu, eu ainda tenho dúvidas). O casal foi pouco mostrado, mas o esforço dele em satisfazer a esposa é de fazer qualquer mulher rezar por um Matt em sua vida. Veremos se este romance será mais explorado na segunda temporada.

Matt e Audrey: um dos casais que eu apostava minhas fichas infelizmente não passou de um flerte inconseqüente. Quando eles se encontram na cena de um dos crimes de Sylar, Audrey desconfia de que o próprio Matt seja o assassino cortador de cabeças. Mas a medida que eles colaboram um com o outro e quando ela aceita que ele lê mentes, eu achei que a dupla renderia um belo romance (justamente na época, Matt tinha descoberto a traição da esposa e estava vulnerável). No entanto, uma revista frustrada na Primatech Paper (a empresa na qual Mr. Bennet trabalha) encerrou a participação de Audrey na trama, pelo menos até o último episódio da temporada, e ainda num clima de inimizade entre eles. E é deste quase-casal uma cena muito fofa: Matt sem querer lê os pensamentos de Audrey, e o que ele descobre? Que ela o acha “muito fofo”...

Nikki e D.L.: um casal inter-racial metido em encrencas com o poderoso Mr. Linderman e com a outra personalidade de Nikki, a descolada, sexy e violenta Jéssica. Apesar de terem um filho juntos, o casal não andava muito bem das pernas, já que D.L. estava preso. Mas foi só verem que Micah estava em apuros para se unirem em defesa do garoto. Não é um dos meus casais favoritos, mas a intensidade emocional das cenas deles aumentou bastante na season finale.

Nikki e Peter: um casal do futuro, já destinado a não acontecer, mas eles ficaram bem juntos.

Nikki e Ando: o casal virtual. Ando passava horas e gastava muita grana para ter Nikki na tela de seu PC, ao vivo, em sensuais stripteases (mas Nikki só fazia isso para pagar as contas). Quando se conheceram, não rolou nem um beijinho.

Jéssica e Nathan: tá, não é um casal, mas que cena hot eles protagonizam, hein? Eu apoiaria esta ship!

Nathan e Heidi : outro casal pouco mostrado. A relação parece bem sólida, mas é mostrada a principio como um pouco fria, muito mais de fachada do que realmente feliz, já que Nathan é candidato ao Congresso. Na season finale, fica bem claro que eles realmente se amam.

Mohinder e Éden: mais um casal que ia mas não foi. Rolou um interesse mutuo, rolou até beijo de despedida, mas nós descobrimos depois que Éden só queria saber dos dados da pesquisa do pai de Mohinder, Chandra. Enquanto ela estava ali profissionalmente, Mohinder se encantou verdadeiramente. Nem que quiséssemos, no entanto, esse casal vingaria, já que Éden acabou sendo morta por Sylar.

Claire e Zach: tinham tudo para ser o casal teen da série. Melhores amigos, tiveram vários momentos de clima, conversas marcantes e mostras claras de um sentimento nascendo entre os dois, e muitas pessoas apostaram. No entanto, sua participação na série (assim como a da Audrey) foi pequena, e rumores correram de que Zach era gay. Ele foi esquecido a partir de certo ponto dos acontecimentos, e o ship não vingou.

Simone e Isaac: apesar do vicio nas drogas, Isaac amava Simone, começando como um dos casais da série. O pintor e sua representante não se entendiam muito bem, mas o sentimento era grande, até que Simone deu um basta e caiu nos braços de outro. Mas Isaac não desistiu, sempre se referindo a ela com carinho, e pouco antes de morrer eles tiveram um belo momento no famoso terraço do prédio dela, o que indicava uma reconciliação próxima, mas Sylar chegou primeiro e pôs tudo a perder.

Simone e Peter: tentaram, mas não colou. O personagem sem carisma de Simone não tinha nada a ver com o atormentado e sonhador Peter. Apesar dele ser apaixonado por ela, e um triângulo Peter-Simone-Isaac ter sido insinuado, eles tiveram uma noite de amor, mas Simone ainda estava ligada emocionalmente a Isaac, o que desagradou a Peter, que queria uma definição da moça. O fim do quase-triângulo foi trágico, com Simone sendo morta por engano com um tiro disparado por Isaac. (falei pouco destes dois casais porque a Simone era um dos personagens que eu mais odiava, e nada via nela que justificasse dois caras brigando pelo seu amor).

Hiro e Charlie: a “google girl” parecia sob medida para o tímido Hiro! E de fato, durante dois episódios, eles foram muito felizes. O casal mais fofo do seriado teve também a vida mais curta. Mais uma vez Sylar entrou em ação, e a tentativa de Hiro de salvá-la não deu certo, deixando-o arrasado e sem força para usar e controlar seus poderes durante muito tempo. Outro casal em que eu apostei bastante.

Peter e Claire: para encerrar, vamos falar do ship que não é ship (e da maior burrada que o criador da série, Tim Kring, cometeu). Desde o encontro dos dois, em Homecoming, a empatia foi mútua e os shipers de todo mundo aderiram a Paire, criando sites, fics e montagens. Apesar de não haver, na primeira parte da temporada, muitos encontros, os que houveram foram cheios de significados, um salvou a vida do outro, depois Claire o visita na prisão e declara “você é meu herói”, os olhares, os sorrisos, as lembranças. E então, a bomba: eles são parentes!! E mesmo assim, a interação dos dois nada lembra uma relação familiar, por que os olhares e sorriso ainda estão lá, para quem quiser ver. A preocupação de Claire em defendê-lo da armação de Nathan, a preocupação de Peter em não vê-la magoada, a união dos dois, a força que um busca no outro quando o destino se mostra perversamente próximo e terrível, tudo mostra que mais que tio e sobrinha, eles são complementares e isso nada tem a ver com almoços de família. As cenas que eles protagonizam são carregadas de carinho, de emoção clara, pura e simples. E para quem acha estranho shipar este casal, eu digo que a esperança é a última que morre...afinal, Peter pode ser adotado também!

7 comentários:

Anônimo disse...

Realmente os casais de Heroes são meio fraquinhos. A Simone era taaaaao chata que realmente não dá pra entender o que aqueles caras viam nela. Só se ela tinha um super poder de sedução oculto.

E O ship Paire foi a maior decepção pra quase todo mundo. Eu era uma que botava fé. FOi uma química instantânea.

Você só esqueceu de falar do Nathan e da mulher dele, que embora não apareça muito não deixa de ser um casal.

Anônimo disse...

Tá, eu sou idiota e não tinha visto a parte do Nathan e da Heidi.

Anônimo disse...

hum...Paire???
Adoooro!!!
Espero uma segunda temporada beeeem melhor pra eles!!!

E sobre o q vai ser o proximo falando de amor????

24 Horas???
Alias???

Carlinha disse...

Só li o primeiro parágrafo e já estou me matando de rir!! rsrsrsrs
*coisas de lesadas*

24 Horas e Alias são a praia da Mestra...e do Muso tbm... *rolleyes*

Flávio M#1! disse...

Aeee Fabi, que seja o primeiro post de muitos! Bem-vinda! Adorei o seu post, li todinho, apesar de ser um Heroes Hater assumido e com orgulho! Hahahaha! O "casal" que eu mais gostei de Zeroes, ops, Heroes (=P), foi Nikki e Nathan, mas nem deve acontecer de novo...!


Ah, vem aí o Falando de amor em ALIAS, feito por mim e pela Mestra...
*roll eyes*[2]!

Lilica disse...

Hehe que essa série Falando de amor está fazendo hisória e já virou marca registrada.

Fabi! Parabéns pelo texto. Ficou primoroso.

Eu gosto de heroes, não com o fanatismo que gosto de Lost, mas gosto, e não suporto a briga dos fãs pra saber quem é melhor. São coisas diferentes.

O casal que mais gosto na série é Paire sem duvida e eu ainda acho que o Nathan é adotado ou o Peter é adotado, sei lá, mas eles não são parentes e se forem vou torcer por um incesto.

E adoro a Nikki e o Nathan, esse casal tinha tudo pra pegar fogo, quem sabe na segunda temporada?

E aguardo ansiosamente esse Falando de amor sobre Alias, que eu amoooooooooo.

Beijo!

Anônimo disse...

Aaaah, eu nem gosto tanto de Paire.
Detestaaaaaava aquela Simone, pulei no sofá quando...



*COMEÇO DO SPOILER*



...ela morreu.



*FIM DO SPOILER*



Eu gostava mesmo era da Niki e do Nathan [ele não é a cara do Marco Ricca?]. Mas acho que nem rola mais porque...

*COMEÇO DO SPOILER*



...ele morreu.



*FIM DO SPOILER*



Que raiva.