Inaugurando a série sugestões de Series Legais para se ver no intervalo de Lost, indico uma série maravilhosa que descobri por acaso.
Um dia, já tendo visto tudo de interessante no mundo das séries e todas tendo a sua temporada encerrada, me vi com a conta do megaploaud longe de expirar e querendo o usufruir do rico dinheirinho da minha amiga Cibele, sai pelos sites de séries disposta a encontrar alguma coisa.
Sou uma aficionada por historia antiga e já tendo visto e amado Rome, me deparei com outra série sobre História: The Tudors. Confesso que não sou muito fã dos ingleses, que era na sua época de dominante do mundo algo semelhante com o opressor EUA. Então, apesar de saber os desfechos dos combates, sempre torci pela libertação da Escócia, pela independência da Irlanda e por ai vai.
Mas The Tudors me arrebatou. Conta a história do leviano rei Henry, pai da lendária rainha Elizabeth I, um monarca que desafiou a Igreja Católica, numa época em que a voz do Papa era a voz de Deus, para se casar com sua amada Ana Bolena e depois deixa-la morrer na guilhotina enquanto jurava amor eterno à outra mulher.
Confesso que o amor de Ana Bolena e Henry é a coisa mais chata da história. Mas é compensada pela dignidade da Rainha Catarina de Aragão, uma mulher desprezada e destronada, que teve a humilhação de ver a filha se tornar bastarda e mesmo assim não perdeu a majestade, enfrentou o rei num julgamento publico e venceu afinal o casamento nunca foi anulado pela igreja católica, perdeu o rei, mas ganhou a admiração do povo inglês que nunca engoliu a nova consorte do rei Henry e viu ser feita justiça à sua amada Catarina, quando Ana Bolena foi acusada de traição e decapitada em maio de 1536. Infelizmente a Princesa de Gales não teve o gosto dessa vingança, já que faleceu em janeiro do mesmo ano, mas mesmo do além deve ter se regojizado ao ver sua rival sofrer a mesma humilhação a que lhe infligiu, ou seja, ver seu marido se engraçar por uma mulher mais jovem e mais bonita, ainda por cima sua aia de quarto. Catarina, pelo menos herdou o título de Princesa de Gales e teve uma vida relativamente boa e nunca perdeu o respeito de Henry, ao contrário de Ana que foi literalmente banida da vida do monarca.
Ana Bolena, apesar de ter sido uma marionete nas mãos de sua família, é uma daquelas figuras que acabam passando para a eternidade por simples acaso do destino. Ela sempre será lembrada pela revolução religiosa na Inglaterra com a criação da igreja Anglicana e como mãe da poderosa Elizabeth I. Dela mesma, não leva nenhum feito, só o de usar o corpo para se dar bem na vida.
O amor que me pegou de jeito na série e ganhou status de “o casal da série” é sem duvida o amor de Margareth e Charles. Ela irmã do rei, obrigada a se casar com um rei velho e babão por motivos políticos, descobre o amor nos braços do jovem melhor amigo de Henry. Viúva, ela se casa às escondidas com Charles, desafiando o poder do irmão, que apesar de amá-la, uma princesa linda e jovem era considerada uma importante moeda de troca no jogo político entre as nações. Eles são banidos da corte, depois perdoados, e apesar de Charles ser um galinha, esse é o único amor verdadeiro da série. Apaixonei-me e fui pesquisar sobre esse casal, e apesar da série confundir a história e chamar de Margareth, quando na verdade o nome da princesa era Mary e retratar o amor dos dois superficialmente, ele realmente existiu e ganhou a simpatia de todos na época por ser inusitado e verdadeiro. Quase um conto de fadas.
A série é um primor de arte. Roupas, maquiagem, cabelo, prataria, reconstrução de cenários. Tudo perfeito. Você realmente tem a sensação de estar presenciando um torneio de lanças.
Os atores são um caso à parte, tendo a presença do lindíssimo Jonathan Rhys Meyer como Henry VIII, que já deu as caras como par romântico da Neela de ER num filminho água com açúcar sobre futebol feminino. E o gatérrimo, foférrimo e todos os adjetivos que indiquem o quanto ele é lindo, todos no superlativo, Henry Cavill como Charles. Ele pode ser visto no filme Tristão e Isolda como Merlot e no filme O Conde de Monte Cristo como o jovem e raquítico filho do conde Mondengo, diga-se de passagem, que o garoto cresceu e literalmente apareceu.
As beldades femininas também agradam, a figura que faz Ana Bolena é encantadora com seus frios olhos azuis, e a bela atriz que faz a princesa Margareth faz jus à condição da princesa como moeda de troca valiosíssima.
Quem quiser saber mais sobre a série, indico a comunidade do orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27942628 e os vídeos http://www.youtube.com/watch?v=HnoddeSkT8s com trechos do amor entre Charles e Margareth/Mary e http://www.youtube.com/watch?v=7Ej7s392giM&mode=related&search= que representa bem o que é o famoso Henry VIII.
Ps: Os vídeos foram retirados da comunidade The Tudors no orkut.
Ps2: A série não é recomendada para ser vista junto com pais, mães e qualquer outra pessoa que te deixe envergonhado por que contém cenas fortíssimas de sexo e nudez.
terça-feira, 10 de julho de 2007
The Tudors
Postado por Lilica às 3:36 PM
Marcadores: Cafe de Férias
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5 comentários:
Mas uma série na minha listinha de séries pra ver nas férias... São tantas!
Não é The TudorSSSSS?
É sim Anônimo! hehe! Na distração eu acabei engolindo o "s" com farinha!
Obrigada pela observação!
Lilica, antes que já queria assistir esssa série, depois de ler o seu post já estou baixando!
AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO³ essa serie pra mim a melhor...
apesar de amar o henry e a Anne
eu achu q criar uma outra religião e infrentar o papa só por vaidade e ter um filho varão é ridculo... entre esse casal existia algo...apesar de depois ele procurar outra ( q foi realmente pra fazer filho) os dois se amavam...
posso até estar errada mais....
bom... amoo essa serie e estou ansiosa para a 2ª temporada
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