Falando de Amor em Prison Break

Continuando com a série falando de amor, que pelo jeito vai longe, afinal, no fundo todas as séries falam de amor...

Prison Break nos apresenta talvez a forma de amor mais sólida que pode existir que é o amor fraternal. Esse amor que você nasce sentindo, e apesar de dar umas pancadas no seu irmão por causa da ultima bolacha do pote, está pronto a meter porrada em quem ouse falar mal ou ameaçar seu indefeso irmãozinho.

Lincon e Michael – A relação dos dois é complicada desde o início. Com a morte da mãe e o desaparecimento do pai, eles são separados. Lincon grandinho e problemático demais para ser adotado é deixado por conta própria e Michael segue para ter uma vida melhor. Vida essa proporcionada por Lincon, que vivia sua marginalidade para conseguir recursos para estudar o irmão mais novo. Irmão que não sabia que seu luxo era bancado à custa do “suor” daquele a quem não hesitava em criticar e condenar. Estoura a bomba. Lincon é acusado de matar um figurão. Michael a princípio acha que ele é culpado, então começa a descobrir quem na verdade é Lincon. Aquele garoto que na sua infância não deixava de defendê-lo e que continuou fazendo isso na vida adulta. Michael então resolve reverter o papel e passar de protegido a protetor e faz o que poucos pensariam em fazer: abre mão da sua vida e se torna um prisioneiro, entrando num mundo infernal para tentar salvar seu irmão. E você? Faria isso por sua família? Precisa coragem. Mas o amor é esse grande mistério que fortalece os fracos e dá coragem de fazer coisas até então inimagináveis.

Michael e Sarah – Casal mais cute impossível. Era para Sarah ser mais um degrau na jornada de Michael. Ser usada. Mas a química dos atores e a dinâmica da historia fez os roteiristas mudarem de idéia e deixar sim o amor presente numa série tipicamente feita para meninos. Sarah é uma garota como tantas outras que infelizmente têm o amor da família, ocupada demais com seus próprios interesses, substituído pelo amor das drogas. Numa virada, tentando dar um sentido à sua vida, aceita um emprego que considera altruísta e vai cuidar de prisioneiros perigosos, colocando sua vida diariamente em risco. Vejo ai um fator suicida do personagem, tanto quanto com o uso de drogas. Acredito que ela buscava a morte mais que tudo. Mas em vez da morte, encontrou o amor em Michael. A ultima coisa que ele queria era isso. Mas fica claro lá pelo episodio 07 da primeira temporada, em que ele defende Sarah durante uma rebelião, que não tinha jeito. Tinha sido fisgado pelo ar desprotegido da doutora. Sarah era peça chave no plano de fuga de Michael, mas envolvê-la no processo o faria a perder de vez. Ele fica dividido entre o amor por ela e o amor por Lincon, e acaba dividindo isso com ela. Ela, ferida e se sentindo usada, mas amando demais para se negar a fazer o que lhe foi pedido, deixa a porta aberta para Michael, mostrando que ele era mais importante para ela do que qualquer coisa. Por essa atitude, Sarah vê sua vida desmoronar e Michael tem mais uma pessoa para proteger. Mas ao longo da segunda temporada, vemos que ele em nenhum momento exclui Sarah de seus planos. Acho linda a cena em que ele “espanca” o Bellick por que ele diz que a Sarah quase morreu. Você vê claramente o remorso dele por ter feito isso a Sarah. Nessa cena, fica mais que claro que o amor de Michael por ela é verdadeiro. Sarah prova mais uma vez seu amor ao fugitivo, quando faz aquilo que ela jurou que nunca faria, afinal para uma médica, cuja maior missão é defender e lutar pela vida, atirar a sangue frio em outra pessoa é algo muito difícil. Michael parece entender isso, e para evitar que sua amada seja encarcerada em mundo destrutivo das prisões, ele assume o crime e prova que o amor dele é tão intenso quanto o dela. Agora é torcer para que na terceira temporada, eles finalmente tenham um momento de sossego para namorarem em paz.

Dêem suas sugestões para o próximo falando de amor.

Beijinhos e boa semana.