sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Friday Night Lights.




A série mais elogiada pela critica nessa temporada, traz uma história leve e ao mesmo tempo consciente, de onde você pode tirar várias lições de vida e te leva a pensar sobre assuntos polêmicos.

A série a primeira vista tem uma temática adolescente, mas está longe de ser uma The O.C., seus assuntos são muito mais focados na realidade, coisas que podem acontecer com qualquer pessoa, situações presentes não só na vida de jovens, mas também dos mais “passadinhos”.

Traz ainda uma novidade que é a câmera em constante movimento, dando a série ares de reality show e fazendo você se sentir dentro da história, pertinho dos personagens, como um voyeur.

O tema central gira em torno dos Phanters, o time de futebol americano da pequena cidade de Dillon no interior do Texas. O time é o grande orgulho da cidade, seus jogadores são como ídolos pops, tratados com regalias como entrada franca em qualquer festa, facilitação dos professores na escola, “marias chuteiras” por falta de termo melhor, capazes de tudo por eles, desde os deveres da escola até ménege à trois. .


O coach Eric Taylor (Kyle Chandler- aquele que explodiu em Grey´s) é contratado para levar o time à final do campeonato estadual. Ele tem que lidar com esses adolescentes com o ego super-inflados e ainda agüentar que toda a cidade lhe dê palpites de como conduzir o time. E é incrível o jogo de cintura que ele tem, em fazer tudo o que quer da maneira que quer, evitando bater de frente com o diretor do time, com a prefeita, com os torcedores. Mas para isso ele vive numa constante tensão e acaba exigindo muito de sua esposa Tamy (Connie Britton). Alias, eles formam um dos casais mais fofos da série, que merecem um falando de amor, aguardem.

Tamy também vive cercada de pressão. Não bastasse a cobrança das mães dos jogadores (todo mundo mete a colher de pau na atuação do time), ela ainda se torna a conselheira da escola, e acaba batendo de frente com o marido sobre como os jogadores são tratados e como isso pode influenciar o futuro dos mesmos.

O casal tem que lidar com a filha adolescente, Julie (Aime Teegarden) que se ressente da atenção que o pai dedica ao futebol. E o coach vê seus piores medos se concretizarem quando ela se envolve com o novo quarterback do time Matt Saracen (Zach Gilford).

Matt é o menino mais doce que existe. Mora com a avó doente enquanto o pai serve no Iraque. É um menino tímido, jogador reserva que está mais interessado em desenhar do que jogar.

Mas o destino muda radicalmente sua vida, quando Jason Street (Scott Porter), estrela e quarterback principal do time, sofre uma lesão grave na coluna e fica paralítico. O coach Taylor vê sua chance de ganhar o campeonato ir por água abaixo, e precisa investir e acreditar no potencial de Matt, que tem seus próprios fantasmas a serem combatidos.

A história de Jason é um caso à parte. Bom filho, bom namorado, bom amigo, atleta exemplar, aquele tipo de pessoa que te leva a dizer que coisas ruins não deveriam acontecer com pessoas assim.

Mas acontecem, e Jason tem que ver a cidade passar do sentimento de orgulho ao sentimento de pena. Ele tem que se superar para aprender tudo de novo, como comer sozinho, como ir ao banheiro, como ser diferente de algo que ele foi moldado pra ser: Jogador de futebol. Um jovem que vê seu futuro totalmente mudado, não irá mais à faculdade como QB, seus pais se separam por que não agüentam a barra de manter as despesas do seu tratamento.

No meio disso tudo, tem que lidar com sua namorada Lyla Garrity (Minka Kelly),a linda líder de torcida, garota perfeita, que também não segura a barra e acaba se envolvendo com o lindo Tim Riggins (Taylor Kitsch) (que também merece um falando de amor, alias eles têm o beijo mais “gostoso” de séries esse ano), bad boy do time e melhor amigo de Jason. Encarar a dupla traição é mais uma provação para Jason.


Tim é o típico rebelde sem causa. Órfão de mãe, abandonado pelo pai, mora com o irmão mais velho, que deposita em seu talento, a única chance da família ter uma vida melhor. Mulherengo, bebum, farrista, ele acaba colocando seu futuro em risco, apesar do seu talento indiscutível. Apesar de sua paixão proibida por Lyla, vive um namoro iôiô com Tyra Collete (Adrianne Palicki), a principio, uma espécie de “maria chuteira” da cidade, mas é uma das personagens mais fascinantes da série. E isso mostra o quanto FNL é legal, pois não prende seus personagens a um único estereotipo e eles crescem durante a série e a fascinação do telespectador cresce junto com eles.

Há ainda Brian Willians (Gaius Charles) o Smach, um jogador talentoso que esconde atrás de sua arrogância, a dificuldade de ser um astro negro e única fonte de esperança para sua família de uma vida melhor.

FNL é fascinante, no ínicio pode começar chatinha (viu muso?!), mas é uma série que vale a pena. Tem uma trilha sonora incrível. Foi líder de indicações ao 2007 TCA Awards. Indicada ao Emmy como melhor elenco de drama e melhor direção em um episódio pelo piloto. Apesar da audiência baixa nos EUA, devido às criticas favoráveis virou xodó da NBC e teve a segunda temporada garantida e prevista para 05 de outubro. Em terras tupiniquins, pode ser vista além de no seu site de séries favorito, todas as sextas na Sony.

Assistam vocês não irão se arrepender.

Beijinhos

4 comentários:

Mick Bright Kim disse...
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Carlinha disse...

Assino embaixo, Lilica!!!
Perfeito! Eu tbm achei o epi piloto mais ou menos, mas persisti e agora não largo mais FNL!!

Meu ship preferido é Matt&Julie!
Beijos!

Lilica disse...

Carlinha
Eu sou fã do Matt, até gosto dele com a Juliet. Mas em materia de Ship prefiro os pais dela. São uma graça.

E claro gosto do Tim (quem não gosta???) Ele e Lyla tiveram o beijo mais quente das series esse ano, mas por mais que esteje na cara que os dois vão ficar juntos, prefiro ele com uma certa figura que ainda vai aparecer.

Beijinho

Lilica disse...

Detalhe que é Julie! Hehe! Lost não me abandona nunca! afff